A madrugada da última semana foi marcada por um episódio de violência e profanação que chocou os membros da Igreja Presbiteriana de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Criminosos invadiram o templo, causando prejuízos materiais e deixando uma cena de vandalismo que abalou profundamente a comunidade religiosa.
Segundo informações divulgadas pela própria instituição, os invasores furtaram diversos equipamentos e utensílios, incluindo caixas de som, microfones, cabeamento, um microcomputador e uma grande quantidade de material de cozinha e limpeza. No entanto, o que mais gerou indignação foi o cenário deixado pelos criminosos: além da desordem generalizada, os responsáveis chegaram a defecar dentro do templo e utilizaram toalhas brancas da mesa eucarística para se limpar.
“Foi um ato de total desrespeito, não apenas contra o patrimônio, mas contra tudo o que esse espaço representa para nós. É difícil descrever a dor de ver a casa de Deus tratada dessa forma”, afirmou um membro da igreja que preferiu não se identificar.
A igreja, que há décadas é referência na região por sua atuação social e espiritual, agora busca reunir recursos para reparar os danos. “Nosso templo é frequentado por famílias, idosos, crianças. Nunca imaginamos ver esse tipo de violência dentro de um lugar consagrado à fé e à esperança”, comentou o pastor responsável pela congregação.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que o caso foi registrado na 12ª DP (Copacabana) e está sendo investigado como furto qualificado e profanação de local de culto. As autoridades analisam imagens de câmeras de segurança da região em busca de identificar os autores do crime.
O episódio reacende o debate sobre a vulnerabilidade de templos religiosos e a necessidade de políticas públicas mais efetivas para garantir a segurança desses espaços. Fiéis da igreja organizaram um mutirão de limpeza e uma corrente de oração, em um gesto simbólico de resistência diante do ocorrido.
Apesar da dor, a comunidade se mostra unida e determinada a reconstruir o espaço. “Não vão roubar nossa fé”, disse uma fiel, emocionada, ao deixar o templo nesta quarta-feira.