Início RIO DE JANEIRO Moradora do Rio, jovem de 17 anos é selecionada para programa internacional...

Moradora do Rio, jovem de 17 anos é selecionada para programa internacional de tecnologia financiado pelo Departamento de Estado dos EUA

 Apaixonada por aviões, física teórica e astronomia desde a infância, a estudante Maria Rita Coelho, de 17 anos, moradora de São Cristóvão, Zona Norte do Rio de Janeiro, foi uma das jovens selecionadas mundialmente para participar do TechGirls, um dos programas internacionais mais prestigiados para formação de meninas em áreas como ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês). A iniciativa é financiada integralmente pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos. 

Entre os dias 12 de julho e 3 de agosto, Maria Rita se juntará a outras 110 jovens de 37 países e territórios – além de participantes dos Estados Unidos – em uma experiência imersiva que começa com um acampamento tecnológico na Virginia Tech University, onde as estudantes explorarão temas como inteligência artificial, robótica, programação e design de soluções. A programação seguirá com visitas a cidades como Seattle, Denver, Kansas City e Austin, para vivências práticas em centros de inovação e atividades comunitárias. 

Maria Rita tem uma trajetória marcante: aos 11 anos começou a programar em C++ (uma linguagem de programação de alto nível, que permite a criação de programas eficientes e de alto desempenho), se interessou por modelagem 3D e passou a se aprofundar em matemática avançada. Durante a pandemia, a jovem mergulhou no estudo da astronomia e se destacou em competições de design de jogos, atuando como roteirista e designer de som de equipes premiadas.

“Me apaixonei pela aviação e pelas perguntas difíceis da física. Descobri que a tecnologia também pode ser uma forma de contar histórias, ensinar e transformar”, conta. 

 Além da paixão pelas ciências exatas, ela também se destaca pela habilidade em comunicação e impacto social. Em 2024, passou a integrar o Coletivo Chega Junto Juventudes, iniciativa do Instituto Gilberto Dimenstein, onde atua como comunicadora. Após sua participação no TechGirls, ela pretende implementar o projeto “Doando o Saber”, que busca aumentar a conscientização sobre a doação de sangue entre jovens por meio de ações educativas em espaços como o Museu de Astronomia e o Planetário da Gávea.

“Quero mostrar como nossos corpos estão conectados ao universo, e como pequenos gestos podem salvar vidas”, diz. 
 
Ao final do programa, cada participante do TechGirls desenvolve um projeto local com o apoio de mentoria internacional por sete meses. Desde 2012, os projetos liderados por ex-participantes já impactaram mais de 44 mil pessoas ao redor do mundo. 

 O TechGirls é uma vitrine para jovens mulheres com potencial de liderança em STEM, e para Maria Rita, o programa é uma oportunidade de alçar voos mais altos no futuro: a jovem pretende estudar Engenharia Aeroespacial e Jornalismo nos Estados Unidos. “Quero ajudar outras meninas a entenderem como funciona um helicóptero, uma nave ou uma missão espacial. E como transformar isso tudo em conhecimento acessível para mais pessoas”, afirma. 

Para a adida de Cultura e Educação do Consulado Geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, Kaitlin Turck, programas como o TechGirls são prioritários para o governo norte-americano. “Vemos como a tecnologia impacta cada vez mais as nossas vidas, e essa é uma oportunidade de apoiar o desenvolvimento de talentos brilhantes de várias partes do planeta para conhecerem um pouco do que faz os Estados Unidos líder mundial na área”, declara a diplomata. 

Sair da versão mobile